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O episódio deste domingo (30) do programa Boa Sorte Viajante, apresentado por Matheus Boa Sorte, levou os telespectadores a uma viagem inesquecível pelo coração das Minas Gerais, mais precisamente até a pequena e charmosa comunidade de Serra dos Alves, pertencente ao município de Itabira (MG). Localizada a 103 quilômetros de Belo Horizonte, às margens do Parque Nacional da Serra do Cipó, a vila é cercada por montanhas, rios e formações rochosas que compõem a Serra do Espinhaço, considerada a única cordilheira do Brasil. Com menos de cem moradores fixos, cerca de 56 permanentes, o lugar é um verdadeiro refúgio de tranquilidade, beleza natural e hospitalidade.

Com origens que remontam ao século XIX, Serra dos Alves nasceu da chegada dos bandeirantes por volta de 1850, que exploravam a região em busca de ouro e cristais. Sem encontrar as riquezas minerais, os primeiros moradores voltaram-se para a agricultura e a criação de animais, formando uma comunidade autossuficiente e solidária. A história da vila guarda também um capítulo de grande humanidade: o acolhimento de pessoas com hanseníase (lepra) no início do século XX. Por ser uma área isolada e de difícil acesso, a região serviu de abrigo a quem buscava refúgio e tratamento. Esse período, marcado por empatia e solidariedade, deixou um legado que ainda hoje define o espírito da comunidade: de união, respeito e cuidado com o próximo.

Durante o episódio, Matheus Boa Sorte caminhou pelas poucas ruas do vilarejo e conversou com personagens que são a alma de Serra dos Alves. Dona Terezinha, guardiã da Capela de São José, compartilhou histórias de fé e pertencimento; Seu José Gabriel, aos 83 anos, recordou o passado de simplicidade e trabalho na roça; e Ana Cláudia, cozinheira de mãos habilidosas, preparou o famoso “frango suado”, um prato típico da região, herança das antigas fazendas mineiras. O apresentador também conheceu Zé Luiz, o “Zé do Queijo”, responsável por manter viva a tradição do queijo artesanal mineiro, símbolo de sabor e identidade regional.

Capela de São José, Serra dos Alves

Além de sua riqueza cultural e histórica, Serra dos Alves é hoje um dos principais destinos de ecoturismo de Itabira, com 52 cachoeiras catalogadas, entre elas a Cachoeira da Boa Vista e a Cachoeira do Bongue, que impressionam pela beleza e diversidade de paisagens. Trilhas, poços e mirantes são explorados com o apoio de guias locais que, mais do que condutores, são guardiões do território e do equilíbrio ambiental. O turismo na região cresce de forma sustentável, valorizando a cultura e a economia locais sem comprometer o sossego que faz do vilarejo um dos lugares mais autênticos das Minas Gerais.

Ao encerrar o episódio, Matheus Boa Sorte refletiu sobre o que faz de Serra dos Alves um destino tão especial: “Tem lugares que conquistam a gente de um jeito único. Aqui vivi sorrisos verdadeiros, escutei histórias ao redor do fogão à lenha e aprendi que a felicidade mora nas pequenas coisas.” Mais do que um ponto no mapa, Serra dos Alves é um refúgio de alma, onde a simplicidade é riqueza, a natureza é mestra e a vida ganha outro sentido. É um pedaço do paraíso mineiro que Matheus convida o público a conhecer, nem que seja, por enquanto, sem sair do sofá da sala.

Entre as montanhas de Minas Gerais, o programa Boa Sorte Viajante, comandado por Matheus Boa Sorte, desembarcou em Catas Altas, uma cidade que surpreende por seu título inusitado: é considerada a mais rica do Brasil em PIB per capita. Com pouco mais de cinco mil habitantes, o município é sustentado pela extração de minério de ferro, responsável por impulsionar sua economia e colocar a cidade no topo do ranking nacional de riqueza. No entanto, como destacou Matheus, o verdadeiro tesouro de Catas Altas não está no subsolo, e sim nas suas paisagens deslumbrantes, na hospitalidade de seu povo e na cultura viva que atravessa séculos.

Durante o episódio, Matheus conduz o público a uma visita pelo Santuário do Caraça, fundado em 1774, um dos lugares mais simbólicos da história mineira. O complexo mistura fé, arquitetura e natureza, tendo abrigado figuras como Dom Pedro II e educado gerações de brasileiros. A igreja neogótica, a biblioteca com obras raras e as trilhas que cercam o santuário formam um cenário de rara beleza onde é impossível não se emocionar com a imponência da Serra do Caraça, que emoldura a cidade e reforça sua vocação para o turismo ecológico e espiritual.

Santuário da Serra do Caraça, em Catas Altas

O programa também mostra o sabor de Minas no Restaurante Primórdios da Terra, onde a chef Lêda Sátira prepara um risoto de taioba com banana-da-terra e costelinha suína, uma fusão entre o rústico e o sofisticado. Outro destaque é o tradicional vinho de jabuticaba, produzido há gerações por famílias locais, como a da Dona Jesuína, símbolo da reinvenção econômica e cultural da cidade após o ciclo do ouro. Matheus experimenta as iguarias e define a experiência como sendo um encontro entre memória, afeto e sabor.

Encerrando o episódio, o apresentador reflete sobre a simplicidade e a força de Catas Altas. Entre casarões coloniais, igrejas centenárias e o histórico Bicame de Pedra, a cidade revela uma beleza que vai muito além dos números. “Aqui o tempo passa devagar, o coração acelera e a gente entende o que é viver com riqueza de verdade”, diz Matheus Boa Sorte. No “Boa Sorte Viajante”, Catas Altas aparece não apenas como a cidade mais rica do Brasil, mas como um retrato da essência mineira, onde a fé, a natureza e o acolhimento se unem para contar uma história que fica na alma de quem visita.

O programa Boa Sorte Viajante, apresentado por Matheus Boa Sorte, desta semana dedicou um episódio especial à cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, como parte das comemorações pelo aniversário do município. O episódio levou o público a uma imersão nesse destino singular, conhecido como a “Suíça Baiana” por seu clima ameno e acolhedor, apresentando um destino que combina modernidade e tradição, destacando sua rica história, gastronomia, cultura e hospitalidade. Reconhecida como uma das melhores cidades para se viver na Bahia, segundo o estudo Desafios da Gestão Municipal, Conquista foi mostrada como um exemplo de desenvolvimento e qualidade de vida no interior nordestino.

Logo no início do episódio, Matheus Boa Sorte faz uma contextualização da cidade, revelando curiosidades históricas, como o fato de Vitória da Conquista quase ter pertencido a Minas Gerais, além da explicação sobre a origem do nome feita pelo historiador Ruy Medeiros. O meteorologista Rosalve Lucas comenta sobre o clima peculiar que faz da cidade a mais fria da Bahia, com temperaturas já registradas abaixo dos 6 °C, e o coronel Paulo Henrique destaca os avanços que tornaram o município a cidade mais segura da Bahia entre as de médio e grande porte. Em belas imagens aéreas, o público é convidado a conhecer cartões-postais como a Serra do Marçal, o Cristo Crucificado de Mário Cravo, o Museu Cajaíba, o Orquidário, o Poço Escuro, a Lagoa das Bateias e a Catedral das Flores, reforçando o potencial turístico e cultural da região.

A gastronomia, marca registrada da cidade, ganhou destaque no episódio. Matheus visitou o tradicional Bar do Elias, famoso pelo icônico pescoço de peru, símbolo da boemia conquistense, ao lado do influenciador gastronômico Léo Tavares, do perfil @boteco512. Juntos, eles mostraram o sabor e o carisma que tornam a vida noturna de Conquista tão vibrante. O programa também mergulhou na zona rural, onde o apresentador conheceu o atleta Isaac Ferraz, que completou uma corrida de 200 quilômetros, exemplo de superação e amor pela cidade. Outro ponto alto foi a visita à fazenda do Café Reserva do Vale, onde os produtores Vinícius Rodrigues, Ana Paula Dias e Jaqueline Oliveira falaram sobre o cultivo do café arábica em altitudes que variam entre 800 e 1.000 metros. A atividade, que movimenta mais de R$100 milhões por ano e gera cerca de 5 mil empregos, reafirma o protagonismo de Conquista como pólo cafeeiro da Bahia.

Catedral Metropolitana Paróquia Nossa Senhora das Vitórias

O título de Capital Baiana do Biscoito também foi explorado na reportagem. As irmãs Maria Helena e Cristiana Rodrigues, do Biscoitos Ceasa, compartilharam histórias de família e mostraram como a tradição de preparar biscoitos com manteiga se tornou uma herança afetiva e uma força econômica. A produção, que ultrapassa 4 mil toneladas anuais, movimenta a economia local e preserva o sabor das origens. Ao final, Matheus Boa Sorte refletiu sobre a essência conquistense, destacando a mistura harmoniosa entre o frio das montanhas, o calor humano, o café fumegante e a fé do sertanejo. “Vitória da Conquista é uma cidade de alma grande, que faz do café, do frio e do sorriso sua marca registrada. Uma vitória conquistada com trabalho, cultura e amor ao sertão”, afirmou o apresentador, encerrando com um convite para que o público conheça e viva a experiência desse destino singular.

 

No último domingo (05), o programa Boa Sorte Viajante, apresentado por Matheus Boa Sorte, exibiu um documentário especial com uma jornada emocionante pelos Caminhos do Tapajós, no coração do Norte do Brasil. O episódio conduziu o espectador por uma viagem repleta de história, natureza e reflexão. Entre paisagens que parecem pinturas e as ruínas de um passado ambicioso, o público foi convidado a conhecer Fordlândia, o ousado projeto industrial de Henry Ford no meio da Amazônia, e descobrir como o sonho americano acabou sendo engolido pela força da floresta e pela sabedoria da vida simples.

Na primeira parte do programa, Matheus revela as marcas deixadas em Fordlândia, cidade construída nos anos 1920 para ser o símbolo da modernidade e da produção de borracha que deveria abastecer as fábricas da Ford nos Estados Unidos, um projeto que jamais prosperou. A monocultura das seringueiras, o desconhecimento sobre o clima amazônico e os choques culturais entre americanos e brasileiros culminaram em um dos capítulos mais curiosos da história do país. Entre máquinas enferrujadas e casas que resistem ao tempo, o programa mostra os moradores que lutam para preservar a memória e transformar o local em um destino turístico e cultural.

Fordlândia

Em seguida, Matheus segue viagem por Alter do Chão, Jamaraquá e Rurópolis, revelando o outro lado do Tapajós: praias de rio com areia branca, comunidades que vivem em harmonia com a floresta e exemplos inspiradores de turismo sustentável. O episódio destaca projetos de preservação de tartarugas, produção de mel e artesanato com palha de tucumã, atividades que unem tradição, renda e respeito ao meio ambiente. A gastronomia paraense também ganha espaço, com pratos típicos como o tambaqui assado e o pirarucu ensopado, símbolos da identidade e da riqueza cultural da região.

Encerrando a jornada, Matheus Boa Sorte reafirma o propósito que move o programa: contar as histórias que o Brasil não pode esquecer. “Caminhos do Tapajós” transcende o formato de um simples roteiro de viagem é uma verdadeira crônica visual sobre o encontro entre o homem e a natureza, o passado e o futuro. Ao final, o apresentador deixa uma mensagem poderosa: valorizar as comunidades amazônicas é preservar não apenas a floresta, mas também a essência de um Brasil profundo, diverso e cheio de sabedoria.

 

No episódio exibido neste domingo, 28 de setembro, o programa Boa Sorte Viajante, apresentado por Matheus Boa Sorte conduziu o telespectador a uma imersão pela cidade histórica de Ouro Preto e seus arredores, revelando a força cultural, arquitetônica e gastronômica desse território mineiro reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Fundada em 1698, a antiga Vila Rica foi palco da corrida do ouro e se tornou símbolo de riqueza, devoção e resistência. Entre casarões coloniais, ladeiras íngremes e igrejas barrocas, cada esquina revelou ao público fragmentos de uma história que mistura esplendor, grandiosidade e sacrifício.

Entre os pontos mais marcantes do episódio, Matheus Boa Sorte esteve na Mina Santa Rita, onde mostrou as duras condições enfrentadas por escravizados e até crianças, que trabalhavam em ambientes estreitos e insalubres para sustentar o ciclo do ouro. O contraste entre a riqueza acumulada e o sofrimento humano reforçou a importância da preservação da memória desse período. Além disso, o apresentador percorreu o patrimônio religioso da cidade, visitando templos como a Capela de São João, a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, a Igreja do Rosário e a São Francisco de Assis, obra-prima de Aleijadinho.

Os encantos de Ouro Preto

O roteiro também levou o público a Lavras Novas, distrito que une fé, natureza e tradição. Ali, Matheus destacou o projeto comunitário Doninhas de Lavras Novas, que reúne mulheres idosas em torno do bordado, transformando o artesanato em fonte de renda e autoestima. Personagens como Dona Lídia e Dona Efigênia emocionaram com suas histórias, enquanto o Atelier Família, dos artistas Dulce Magalhães e Hélio Brito, apresentou um espaço de criação que atrai visitantes com esculturas, joias e trabalhos em tecido.

Na comunidade da Chapada, o programa mostrou a hospitalidade mineira através de José Loreto, conhecido pelo preparo do “melhor torresmo de Minas” e da curiosa “Paella Mineira”. Entre boa comida, causos e conversas descontraídas, Matheus Boa Sorte destacou como a gastronomia e a simpatia local enriquecem a experiência dos visitantes. Encerrando a viagem, o episódio evidenciou que Ouro Preto é um verdadeiro tesouro brasileiro: um lugar onde a monumentalidade arquitetônica se encontra com tradições vivas, histórias de fé e expressões artísticas que confirmam a cidade como um dos maiores símbolos culturais do país.

 

No episódio desta semana do Boa Sorte Viajante, apresentado por Matheus Boa Sorte, Salinas surge como muito mais do que a capital nacional da cachaça: é uma cidade de acolhida, de sabores marcantes e de histórias que se entrelaçam com o tempo. Situada no Norte de Minas Gerais, a 651 km de Belo Horizonte, Salinas se apresenta como um destino onde tradição e modernidade convivem em perfeita harmonia.

O roteiro começa no Museu da Cachaça, espaço que preserva a memória da produção artesanal e reforça a importância da bebida como símbolo cultural e motor econômico da região. A visita também passa por fazendas tradicionais, como a Havana, guardiã do legado de Anísio Santiago, e a Sabinosa, que mantém viva a paixão pela cachaça de alambique. Nessas paradas, o visitante descobre que cada detalhe, do corte da cana ao rótulo colado manualmente, carrega história e dedicação.

Paróquia de Santo Antônio, em Salinas (MG).

Outro ponto alto é o Mercado Municipal de Salinas, onde cores, cheiros e sabores revelam a essência da culinária mineira. Entre bancas de arroz vermelho, feijões típicos e especiarias, personagens como Lafaiete “Zetti” Santos e Renildo “Cafú” Miranda mostram que a feira é um lugar de encontro, tradição e afeto, onde cada produto vem acompanhado de boas histórias.

A experiência se completa às margens da barragem de Salinas, espaço de lazer e convívio da população. Ali, o Bar do Gôla se tornou referência pela gastronomia que une simplicidade e criatividade, com pratos como a panceta pururuca acompanhada de geleia de abacaxi com pimenta. Em cada detalhe, Salinas mostra que é muito mais do que a terra da cachaça: é um destino de cultura viva, boa mesa e hospitalidade mineira.

No episódio exibido no último domingo, 14 de setembro,  o “Boa Sorte Viajante” conduziu os telespectadores por uma jornada encantadora por dois distritos do município do Serro, em Minas Gerais. A primeira parada do apresentador Matheus Boa Sorte é em São Gonçalo do Rio das Pedras, local que guarda a tranquilidade das serras e a força da história. Com seu casario colonial e igrejas barrocas, como a Matriz de São Gonçalo e a Igreja do Rosário, o lugar respira tradição. A natureza, sempre exuberante, revela joias como a Cachoeira do Comércio, um espetáculo de 85 metros de queda que emociona os visitantes. Mas a alma da comunidade se revela no bar do seu Ademil, onde histórias se misturam a mais de 350 rótulos de cachaça artesanal, muitas delas preparadas com ervas que, além de sabor, carregam propriedades medicinais.

Entre os moradores, há também quem tenha trocado a vida agitada da cidade pelo ritmo tranquilo da roça. É o caso de Marcos e Maria Cristina, que cultivam plantas medicinais em uma ervanária que se tornou referência. Ali, o tempo ganha outra cadência e a simplicidade se transforma em sabedoria. A memória afetiva também se manifesta na cozinha, como no bolo de milho da dona Eva, quitandeira que deixou seu legado de afeto e sabor para a comunidade e para quem teve o privilégio de experimentar suas receitas.

Capela do Rosário, Milho Verde, nas Minas Gerais.

De lá, Matheus Boa Sorte segue para Milho Verde, um distrito de origem setecentista que guarda uma aura especial. Berço da icônica Chica da Silva, o local conserva a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres e a singela capela de Nossa Senhora do Rosário, símbolos da religiosidade local. A natureza mais uma vez é protagonista, com trilhas acessíveis que levam à Cachoeira do Lajeado, um refúgio de águas cristalinas perfeito para famílias. O guia Marciano mostra como a região vive hoje do turismo, com cachoeiras, sítios arqueológicos e paisagens que atraem visitantes do Brasil e do mundo, incluindo estrangeiros que decidiram fincar raízes ali.

E como Minas não se entende sem sua culinária, o episódio dedica espaço às cozinhas que mantêm vivas as tradições do Serro. Dona Elsa, por exemplo, prepara o chuchu com ora-pro-nóbis, prato herdado de sua infância quilombola, enquanto dona Geralda encanta com suas quitandas, como o pão de queijo, o bolo de fubá e as rosquinhas adoçadas com rapadura. São sabores que carregam memórias, afeto e identidade. Mais do que mostrar paisagens e atrativos, o programa conduz o espectador a sentir o que significa viver em Minas: uma combinação de natureza generosa, história pulsante, gastronomia de raiz e o calor humano de comunidades que transformam simplicidade em arte de bem viver.

Pouca gente imagina, mas a maior capital do Brasil em extensão territorial está no coração da Amazônia. Porto Velho, capital de Rondônia, tem mais de 34 mil quilômetros quadrados,  maior que países como Bélgica e Israel,  e guarda uma diversidade cultural e natural que surpreende até os viajantes mais experientes. No episódio exibido neste domingo (24), o programa Boa Sorte Viajante levou o público a conhecer de perto os contrastes de uma cidade marcada pela grandiosidade, pela força do rio Madeira e por uma história que mistura progresso e tradição.

Às margens do Madeira, o episódio mostrou como a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio transformou para sempre a paisagem ribeirinha. Inaugurada em 2012 e concluída em 2017, a obra trouxe energia para milhões de brasileiros, mas também deixou marcas profundas: comunidades foram inundadas, a oferta de peixes diminuiu e a vida de muitas famílias precisou ser reinventada. Nesse contexto, o turismo se consolidou como alternativa, com passeios de barco e pesca esportiva que atraem visitantes de várias regiões e mantêm viva a relação com o rio.

No coração de Porto Velho, o Complexo Madeira-Mamoré é cenário de encontros, memórias e cultura.

A gastronomia ribeirinha foi outro ponto alto da viagem. Pratos como o tambaqui assado na brasa e a moqueca de peixe, preparados com temperos amazônicos, conquistaram espaço no episódio como símbolos da identidade cultural local. No Mercado Central, tradição e modernidade se encontram em bancas cheias de tucupi, jambu, castanhas e ervas medicinais, revelando o quanto os sabores da floresta estão ligados ao dia a dia da população.

Por fim, a herança histórica de Porto Velho ganhou destaque. A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, construída no início do século XX, foi lembrada como marco da fundação da cidade e de sua diversidade cultural. As famosas três caixas d’água, erguidas entre 1910 e 1912, continuam sendo orgulho da população e até hoje estampam a bandeira da capital. Combinando memórias, sabores e a força do rio Madeira, o Boa Sorte Viajante revelou Porto Velho como um destino único, onde passado, presente e futuro se encontram em plena Amazônia brasileira.

 

Três países, um só episódio e infinitas histórias. No último domingo (17), o Boa Sorte Viajante viajou até a tríplice fronteira da Amazônia, onde Brasil, Peru e Bolívia se encontram. A jornada teve início em Assis Brasil, no interior do Acre, ponto de partida para uma experiência que atravessa culturas, conecta comunidades e revela histórias de resistência. A pequena cidade amazônica, banhada pelo rio Acre, guarda em seu cotidiano simples a força de quem preserva tradições e convive de perto com a natureza. Entre encontros com personagens locais e a exuberância da floresta, o programa mostra como essa fronteira se transforma em um mosaico de saberes e vivências.

Do lado boliviano, Matheus chega a Bolpebra, uma comunidade marcada pela simplicidade, mas que abriga um símbolo de transformação: a universidade de medicina. Apesar da precariedade da infraestrutura e do difícil acesso em meio à floresta, o vilarejo ganhou visibilidade ao atrair estudantes do Brasil, Peru e Bolívia. O esforço de jovens que cruzam fronteiras diariamente em busca de formação revela não apenas o sonho de um futuro melhor, mas também o impacto que a educação exerce sobre a economia e o cotidiano da população local.

A viagem segue até Iñapari, no Peru, onde a ponte internacional intensificou o comércio e aproximou ainda mais os povos da região. A cidade, de pouco mais de 3.500 habitantes, tornou-se um espaço vibrante de intercâmbio cultural, marcado por laços familiares, pela culinária diversa e pelo movimento constante de brasileiros. O recém-inaugurado porto de Chancay surge como promessa de integração econômica capaz de aproximar o Acre e o Centro-Oeste brasileiro do mercado asiático. Ainda assim, especialistas lembram que o verdadeiro progresso depende de investimentos em infraestrutura e cooperação entre nações.

Tríplice Fronteira da Amazônia

De volta a Assis Brasil, Matheus Boa Sorte revela a essência amazônica: a pesca como herança cultural, os acampamentos ribeirinhos cheios de histórias e o modo de vida que resiste ao tempo. A visita a um seringal resgata a memória do ciclo da borracha e mostra que é possível unir preservação ambiental e desenvolvimento econômico através da extração do látex. Entre sotaques, costumes e sonhos compartilhados, o episódio destaca que a tríplice fronteira não é apenas uma linha geográfica, mas um espaço onde diferenças se somam, revelando a força da Amazônia como patrimônio cultural e natural da América do Sul. 

No episódio exibido em 10 de Julho, o “Boa Sorte Viajante” levou os espectadores a Xapuri, no interior do Acre, cidade símbolo de luta ambiental e memória histórica. Apresentado por Matheus Boa Sorte, o programa revelou curiosidades sobre o passado da região, marcada pela Revolução Acreana e pela invasão boliviana de 1899, além de abordar questões atuais, como os alarmantes índices de poluição do ar causados por queimadas e desmatamento. Um dos pontos altos foi a visita à casa de Chico Mendes, preservada como museu, onde o apresentador destacou que “no Acre, existe o antes e o depois de Chico”, lembrando o papel do líder seringueiro em projetar a causa ambiental no cenário mundial.

O passeio seguiu pela Reserva Extrativista Chico Mendes, mostrando o trabalho de famílias que vivem da extração sustentável de látex e castanha. Personagens como Raimundo Mendes e Rogério explicaram as técnicas para manter a floresta em pé e gerar renda, revelando a relação de equilíbrio entre produção e preservação. Matheus destacou a grandiosidade de árvores centenárias como o Toari e observou que “a floresta pode ser fonte de vida sem ser derrubada”, reforçando o caráter educativo da experiência. A jornada incluiu ainda o trajeto até o bairro Sibéria, com travessia de balsa pelo rio Acre, e estradas desafiadoras que revelam o cotidiano amazônico.

Igreja de São Sebastião, em Xapuri.

A gastronomia também ganhou destaque, com a história de superação de Jô, moradora que transformou o pato no tucupi em sucesso local. Entre risos e temperos, ela contou como começou a cozinhar para os amigos até conquistar clientes fiéis: “Só quem faz aqui em Xapuri sou eu”, disse, orgulhosa. Matheus provou o prato acompanhado de folhas de jambu e pimenta “braba”, elogiando o sabor e a autenticidade da receita. O momento reforçou o valor cultural da culinária regional como expressão de identidade e afeto.

Encerrando o episódio, o apresentador refletiu sobre o que torna Xapuri especial: um lugar onde memória, natureza e hospitalidade se encontram. “A Amazônia não está só nas árvores, ela vive nas pessoas”, afirmou. Entre a luta ambiental, as histórias de resistência e os sabores que atravessam gerações, o programa mostrou que a cidade acreana é muito mais do que um ponto no mapa, é um retrato vivo da força e da diversidade brasileira.