Postado por editor em 01 de dez de 2025
O episódio deste domingo (30) do programa Boa Sorte Viajante, apresentado por Matheus Boa Sorte, levou os telespectadores a uma viagem inesquecível pelo coração das Minas Gerais, mais precisamente até a pequena e charmosa comunidade de Serra dos Alves, pertencente ao município de Itabira (MG). Localizada a 103 quilômetros de Belo Horizonte, às margens do Parque Nacional da Serra do Cipó, a vila é cercada por montanhas, rios e formações rochosas que compõem a Serra do Espinhaço, considerada a única cordilheira do Brasil. Com menos de cem moradores fixos, cerca de 56 permanentes, o lugar é um verdadeiro refúgio de tranquilidade, beleza natural e hospitalidade.
Com origens que remontam ao século XIX, Serra dos Alves nasceu da chegada dos bandeirantes por volta de 1850, que exploravam a região em busca de ouro e cristais. Sem encontrar as riquezas minerais, os primeiros moradores voltaram-se para a agricultura e a criação de animais, formando uma comunidade autossuficiente e solidária. A história da vila guarda também um capítulo de grande humanidade: o acolhimento de pessoas com hanseníase (lepra) no início do século XX. Por ser uma área isolada e de difícil acesso, a região serviu de abrigo a quem buscava refúgio e tratamento. Esse período, marcado por empatia e solidariedade, deixou um legado que ainda hoje define o espírito da comunidade: de união, respeito e cuidado com o próximo.
Durante o episódio, Matheus Boa Sorte caminhou pelas poucas ruas do vilarejo e conversou com personagens que são a alma de Serra dos Alves. Dona Terezinha, guardiã da Capela de São José, compartilhou histórias de fé e pertencimento; Seu José Gabriel, aos 83 anos, recordou o passado de simplicidade e trabalho na roça; e Ana Cláudia, cozinheira de mãos habilidosas, preparou o famoso “frango suado”, um prato típico da região, herança das antigas fazendas mineiras. O apresentador também conheceu Zé Luiz, o “Zé do Queijo”, responsável por manter viva a tradição do queijo artesanal mineiro, símbolo de sabor e identidade regional.

Capela de São José, Serra dos Alves
Além de sua riqueza cultural e histórica, Serra dos Alves é hoje um dos principais destinos de ecoturismo de Itabira, com 52 cachoeiras catalogadas, entre elas a Cachoeira da Boa Vista e a Cachoeira do Bongue, que impressionam pela beleza e diversidade de paisagens. Trilhas, poços e mirantes são explorados com o apoio de guias locais que, mais do que condutores, são guardiões do território e do equilíbrio ambiental. O turismo na região cresce de forma sustentável, valorizando a cultura e a economia locais sem comprometer o sossego que faz do vilarejo um dos lugares mais autênticos das Minas Gerais.
Ao encerrar o episódio, Matheus Boa Sorte refletiu sobre o que faz de Serra dos Alves um destino tão especial: “Tem lugares que conquistam a gente de um jeito único. Aqui vivi sorrisos verdadeiros, escutei histórias ao redor do fogão à lenha e aprendi que a felicidade mora nas pequenas coisas.” Mais do que um ponto no mapa, Serra dos Alves é um refúgio de alma, onde a simplicidade é riqueza, a natureza é mestra e a vida ganha outro sentido. É um pedaço do paraíso mineiro que Matheus convida o público a conhecer, nem que seja, por enquanto, sem sair do sofá da sala.








