Postado por editor em 17 de set de 2025
No episódio exibido no último domingo, 14 de setembro, o “Boa Sorte Viajante” conduziu os telespectadores por uma jornada encantadora por dois distritos do município do Serro, em Minas Gerais. A primeira parada do apresentador Matheus Boa Sorte é em São Gonçalo do Rio das Pedras, local que guarda a tranquilidade das serras e a força da história. Com seu casario colonial e igrejas barrocas, como a Matriz de São Gonçalo e a Igreja do Rosário, o lugar respira tradição. A natureza, sempre exuberante, revela joias como a Cachoeira do Comércio, um espetáculo de 85 metros de queda que emociona os visitantes. Mas a alma da comunidade se revela no bar do seu Ademil, onde histórias se misturam a mais de 350 rótulos de cachaça artesanal, muitas delas preparadas com ervas que, além de sabor, carregam propriedades medicinais.
Entre os moradores, há também quem tenha trocado a vida agitada da cidade pelo ritmo tranquilo da roça. É o caso de Marcos e Maria Cristina, que cultivam plantas medicinais em uma ervanária que se tornou referência. Ali, o tempo ganha outra cadência e a simplicidade se transforma em sabedoria. A memória afetiva também se manifesta na cozinha, como no bolo de milho da dona Eva, quitandeira que deixou seu legado de afeto e sabor para a comunidade e para quem teve o privilégio de experimentar suas receitas.

Capela do Rosário, Milho Verde, nas Minas Gerais.
De lá, Matheus Boa Sorte segue para Milho Verde, um distrito de origem setecentista que guarda uma aura especial. Berço da icônica Chica da Silva, o local conserva a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres e a singela capela de Nossa Senhora do Rosário, símbolos da religiosidade local. A natureza mais uma vez é protagonista, com trilhas acessíveis que levam à Cachoeira do Lajeado, um refúgio de águas cristalinas perfeito para famílias. O guia Marciano mostra como a região vive hoje do turismo, com cachoeiras, sítios arqueológicos e paisagens que atraem visitantes do Brasil e do mundo, incluindo estrangeiros que decidiram fincar raízes ali.
E como Minas não se entende sem sua culinária, o episódio dedica espaço às cozinhas que mantêm vivas as tradições do Serro. Dona Elsa, por exemplo, prepara o chuchu com ora-pro-nóbis, prato herdado de sua infância quilombola, enquanto dona Geralda encanta com suas quitandas, como o pão de queijo, o bolo de fubá e as rosquinhas adoçadas com rapadura. São sabores que carregam memórias, afeto e identidade. Mais do que mostrar paisagens e atrativos, o programa conduz o espectador a sentir o que significa viver em Minas: uma combinação de natureza generosa, história pulsante, gastronomia de raiz e o calor humano de comunidades que transformam simplicidade em arte de bem viver.