Postado por editor em 10 de ago de 2025
No episódio exibido em 10 de Julho, o “Boa Sorte Viajante” levou os espectadores a Xapuri, no interior do Acre, cidade símbolo de luta ambiental e memória histórica. Apresentado por Matheus Boa Sorte, o programa revelou curiosidades sobre o passado da região, marcada pela Revolução Acreana e pela invasão boliviana de 1899, além de abordar questões atuais, como os alarmantes índices de poluição do ar causados por queimadas e desmatamento. Um dos pontos altos foi a visita à casa de Chico Mendes, preservada como museu, onde o apresentador destacou que “no Acre, existe o antes e o depois de Chico”, lembrando o papel do líder seringueiro em projetar a causa ambiental no cenário mundial.
O passeio seguiu pela Reserva Extrativista Chico Mendes, mostrando o trabalho de famílias que vivem da extração sustentável de látex e castanha. Personagens como Raimundo Mendes e Rogério explicaram as técnicas para manter a floresta em pé e gerar renda, revelando a relação de equilíbrio entre produção e preservação. Matheus destacou a grandiosidade de árvores centenárias como o Toari e observou que “a floresta pode ser fonte de vida sem ser derrubada”, reforçando o caráter educativo da experiência. A jornada incluiu ainda o trajeto até o bairro Sibéria, com travessia de balsa pelo rio Acre, e estradas desafiadoras que revelam o cotidiano amazônico.

Igreja de São Sebastião, em Xapuri.
A gastronomia também ganhou destaque, com a história de superação de Jô, moradora que transformou o pato no tucupi em sucesso local. Entre risos e temperos, ela contou como começou a cozinhar para os amigos até conquistar clientes fiéis: “Só quem faz aqui em Xapuri sou eu”, disse, orgulhosa. Matheus provou o prato acompanhado de folhas de jambu e pimenta “braba”, elogiando o sabor e a autenticidade da receita. O momento reforçou o valor cultural da culinária regional como expressão de identidade e afeto.
Encerrando o episódio, o apresentador refletiu sobre o que torna Xapuri especial: um lugar onde memória, natureza e hospitalidade se encontram. “A Amazônia não está só nas árvores, ela vive nas pessoas”, afirmou. Entre a luta ambiental, as histórias de resistência e os sabores que atravessam gerações, o programa mostrou que a cidade acreana é muito mais do que um ponto no mapa, é um retrato vivo da força e da diversidade brasileira.